Live do Inteligência Coletiva Minas Gerais refletiu sobre o lugar de iniciativas de Economia Solidária e seus possíveis impactos sociais

No dia 26 de maio, o Inteligência coletiva realizou mais uma ação dos projetos Reciclagem e Cidadania e Profissionais do sexo: trabalho, saúde e autonomia. A live “Economia Solidária: caminhos para a sustentabilidade social e econômica” estimulou reflexões sobre a Economia Solidária e seu papel na promoção do desenvolvimento Social e Econômico dos territórios. O encontro, Mediado por Marileide Cassolli e Paloma Coelho, do inteligência Coletiva, o encontro reuniu Santuzza Souza, trabalhadora sexual e coordenadora do Coletivo Rebu, Laureci Alves de Paula, nutricionista e membro do Fórum Municipal de Economia Solidária de BH, Marli Beraldo, catadora de Materiais Recicláveis na Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Sarzedo-MG (ACAMARES) e Ivy Pires, estilista e gestora de produto de moda.

Em sua fala, Laureci destacou que o lucro não é o ponto central da Economia Solidária. A assistente social reforçou que esta prática funciona em rede, gerando renda justa para todos os envolvidos no processo. Ela ainda pontuou a presença de mulheres nessa rede. Maioria em empreendimentos de Economia Solidária, as mulheres buscam naquele espaço não só a geração de renda, mas a emancipação de diferentes formas de violência.

Pensando nisso, Ive Pires comentou o quanto as várias e diferentes práticas envolvidas no desenvolvimento de projetos de costura criativa passam pelas mulheres. A ativista comentou que é comum que mulheres, por conta de uma estrutura social, saibam fazer atividades básicas de costura. Assim, em atividades de costura criativa, elas se encontram e também encontram um caminho para sua emancipação.

Marli, que além da Acamares também participa do Coletivo Maria Vai com as Outras Sim de agroecologia e cultura criativa, comentou sobre o quanto a economia solidária agrega valor aos produtos. Para a catadora, estes produtos são carregados de uma marca social, uma presença no mundo, que afeta produtores e consumidores. Esse valor agregado também foi citado e problematizado por Santuzza, que levantou a ideia de geração de renda como, no caso das profissionais do sexo, um possível reforço de estigmas sociais. A prostitura lembrou uma iniciativa de confecção de roupas voltada para profissionais do sexo terem opção de renda e que por muitas pessoas foi entendida como uma forma daquelas mulheres deixarem a prostituição.

 

Confira o encontro na íntegra:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *